Ousadia e inovação: como Nagib Nassif está subvertendo o mercado publicitário
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Fundador da Bolha defende que a verdadeira inovação nasce da coragem de inventar o inédito e questionar o status quo
Imagine alguém que começou com uma rádio pirata na adolescência e hoje comanda uma agência que mistura o mundo físico e digital. Esse é Nagib Nassif, fundador da Bolha, uma empresa que não só desafia os modelos tradicionais de publicidade, mas também propõe novas formas de criar e pensar produtos. Em entrevista reveladora ao canal Future Hacker, Nagib compartilhou sua trajetória marcada pela inquietação criativa e pelo desejo de dar vida a ideias que ainda não existem.
Para ele, a inovação de verdade começa com a invenção — um conceito que muitas agências parecem ter deixado de lado em nome dos resultados imediatos. Em vez de apenas seguir tendências, Nagib defende a criação em laboratório como um passo essencial para gerar produtos disruptivos. A lógica é simples: sem invenção, não há inovação.
Outro ponto alto da conversa foi a crítica ao modelo tradicional das agências, que geralmente restringem a criatividade a um departamento específico. Para Nagib, a criatividade não pode ser um setor isolado; ela deve permear toda a organização e estar presente em cada decisão estratégica. Na Bolha, essa abordagem se traduz na integração entre hardware e software, resgatando a experiência sensorial que muitas vezes se perde no ambiente digital.
Nagib também destacou a ascensão da economia líquida, um conceito que propõe a valorização do conhecimento acima da posse material. Em vez de acumular produtos, o foco passa a ser a experiência e o acesso. Essa mudança de paradigma abre espaço para novas formas de colaboração e parcerias, outro pilar essencial no modelo da Bolha.
Para quem está começando ou tentando tirar um projeto inovador do papel, Nagib deixa um conselho: o segredo é abraçar o desafio de criar o que ainda não existe. Inovar é, acima de tudo, uma atitude. E no mercado publicitário, onde o clichê ainda reina, a coragem de subverter o óbvio pode ser o que separa o comum do inesquecível.
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